Segundo o presidente da associação, Francisco Henrique Silvino, o Rio de Janeiro tem grandes atrativos turísticos no segmento étnico, como os ensaios de escolas de samba, as festas tradicionais de São Benedito e a Folia de Reis, as manifestações artísticas como o jongo e as comunidades remanescentes de quilombos. É preciso, no entanto, que essas atrações sejam divulgadas e potencializadas.

“O ensaio de carnaval é um produto turístico. Se nós começássemos a qualificar o empreendedorismo dentro das escolas de samba, criando guias afroétnicos, para mostrar não só a questão cultural, mas para mostrar os projetos sociais que as escolas de samba possuem, poderíamos trazer investidores afro-americanos e de outros países da Diáspora Africana para investirem em projetos aqui no Brasil, criarem intercâmbios empresariais”, disse.
Segundo Silvino, os dois eventos, tanto a Copa quanto as Olimpíadas, atrairão os olhos do mundo para o Rio de Janeiro e esta é uma oportunidade para a população negra, que representa 65% do total da população fluminense. “A nossa cultura é o que enriquece esse estado, com o carnaval. Como nós vamos ficar de fora de tudo isso?”, disse.
Segundo o coordenador de Segmentação do Ministério do Turismo, Wilken Souto, o governo federal deve ouvir todas as demandas do movimento negro para ver como pode ajudar nesse processo.
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Até a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Ministério do Turismo poderá apoiar novos projetos não só no Rio, como no restante do país. De acordo com um levantamento preliminar do ministério, há no Brasil mais de 300 municípios, em 25 estados, que têm potencial para desenvolver turismo étnico. Comunidades tradicionais de 24 etnias ou nacionalidades foram identificadas no país, entre elas, comunidades de negros, indígenas, alemães, portugueses, italianos e japoneses.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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