"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional"


(Autor desconhecido)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Será o Amapá uma abstração? – Parte 01

Um ótimo dia meus “eternamente caros” leitores!

Assim me expresso com relação a vossas pessoas, por assumir aqui, e agora um compromisso de nunca publicar neste espaço pessoal, destinado a opiniões e impressões próprias – tal como descrevo no subtítulo – quaisquer palavras ou idéias que possam vir a despertar em vocês a indignação, a revolta e o repúdio que causou a uma esmagadora maioria do povo amapaense uma crônica do agora famigerado (e, permitam me brincar com a língua, “infamigerado”) jornalista goiano Rogério Borges.

Depois de sentir, não na pele, um aperitivo da fúria que ele sentiu, espero, com todas as forças do meu ser, estar sempre em paz com vocês que me acompanham por aqui.

Não nego que fiquei pasmo ao primeiro contato que tive com o texto que chegou ao meu e-mail com o titulo de “Reportagem absurda”. Confesso que tive de inicio a mesma reação que essa maioria: vontade de fazer pó de cada osso do nosso amigo jornalista, dada a maneira sensacionalista com que a obra literária foi divulgada.

Mas compreendo que o dom do raciocínio não nos foi dado simplesmente para que entendêssemos ofensas em um nível intelectual mais elevado e então pudéssemos ativar nossos lados primitivos e sair rachando caras...
Tive sim vontade de encontrá-lo na internet e falar-lhe todos os absurdos e desaforos que minha mente em chamas me permitisse. Entretanto, este não sou eu. Sou alguém que talvez não dormisse se me permitisse cometer qualquer tipo de preconceito estando eu ciente deste ato.

Fui então buscar mais informações sobre este assunto que tanto barulho provocou por estas terras tucujus. Não foi nada difícil encontrar o Orkut e o blog dele. Blog este que, confesso, achei muito interessante. O cara tem mesmo talento. Se ele foi apenas infeliz em suas colocações ou se é só mais um babaca tentando de qualquer maneira conseguir seus quinze minutos à custa de uma nação que já tem problemas e mazelas o suficiente e que não precisa de mais bobagens sendo ditas sobre ela, sendo estas fictícias ou não, com toda certeza não sou eu quem vai julgar.

Mas me perdi em leituras extraordinárias em minha busca por um ponto de vista que se aproximasse o máximo possível da verdade que necessitava para sossegar meu ímpeto, e, como já virou costume, precisava compartilhar com vocês.

Aqui pretendo apresentar a crônica, as retratações (ou tentativas de retratação), alguns dos inúmeros comentários postados no blog do Rogério e ate outros artigos publicados em outros sítios e veículos de comunicação acerca da tal polêmica causada pela obra escrita pelo goiano.

Para uma melhor catalogação e procura e também para que não percamos a dinâmica no desenrolar de toda a situação que irei expor, resolvi então dividir esta publicação em várias postagens. Pretendendo assim não cansá-los antes do tempo. Tendo em vista minha real necessidade de saber que vocês acompanharam todos os textos que pretendo reproduzir acompanhados de observações minhas.

Espero que, assim como eu, vocês se divirtam e nunca percam o espírito facilmente, encarando argumentos com serenidade, respeito, humildade e a cabeça aberta. Desta forma não terminando por fazer ou dizer coisas sem fundamento.

Parte 02 - A crônica

Eis então o motivo de tamanha discórdia e descontentamento. A crônica publicada no dia 07 ultimo no jornal “O popular” de Goiânia, da maneira que me foi apresentada: em um recorte do referido jornal digitalizado e espalhado pela internet via e-mail.






Se você já havia lido ou ouvido, não deixe de deixar sua contribuição neste singelo blog...

Se ainda não, você não perde nada por continuar me acompanhando nesta leitura...

Parte 03 - Primeira tentativa

Podendo vocês, caros amigos imaginar todas as imprecações pelas quais nosso destemido cronista precisou passar depois disto, eis a primeira tentativa de retratação publicada no blog do jornalista de Goiás:




“Crônicas e reações

Desde que me tornei cronista, redigi alguns textos que geraram reações. Algumas positivas, outras negativas. Isso é normal, faz parte do jogo. Quem publica, se presta à avaliação do público, o que é salutar.

O lamentável, às vezes, é que esse julgamento se dá em parâmetros equivocados. Foi isso o que ocorreu com meu mais recente texto, uma crônica em que coloco em dúvida a existência do Amapá. Recebi e-mails, fui "elogiosamente" referido no twitter e também neste blog por cidadãos do Amapá indignados com minha "ignorância", meu "desrespeito" e minha "burrice".

Comentários normais, não fosse o fato de o texto ter sido lido, em quase 100% do que comentaram, de forma totalmente equivocada. Acharam que a crônica era artigo de opinião, reportagem jornalística ou coisa que o valha. Equívoco, e dos grandes.

Crônica é o resquício de literatura nos jornais e, portanto, não tem o compromisso com a verdade dos fatos como deve ter as matérias jornalísticas. A crônica também não exprime necessariamente a opinião de quem a escreveu, já que não se trata de um artigo. É um texto de ficção, que pode falar de atualidades e se basear em fatos reais, ou não.

Já fiz crônicas em que ameaçava matar pinchers a pisadas. Matei algum? Claro que não. Já inventei uma personagem, a Dona Iraci, que é uma velha fofoqueira e maledicente. Ela existe. Não. Já falei sobre as mais diversas bobagens, ironizando ou brincando com questões que mexem com o imaginário coletivo. Penso tudo o que escrevi? Claro que não.

Com o Amapá ocorre a mesma dinâmica. Claro que sei que o Amapá existe. Ainda não estou esclerosado. Claro que eu conheço pessoas do Amapá. Tirei sarro delas. Claro que sei o que é ser discriminado. Goiás também é. Aliás, muitos dos comentários, esses nada cronísticos e sim raivosos e descontrolados, demonstraram os preconceitos das pessoas em relação a Goiás.

Quando se escreve uma crônica, com a liberdade de criação que ela permite, imaginamos que os leitores também terão a abstração do autor, entrarão em um mundo possível, mas não real. Literatura, não importa de que qualidade seja, aposta nesse acordo tácito. Machado não morreu para escrever Memórias Póstumas com seu "narrador defunto". Guimarães Rosa não se tornou um jagunço para poder criar as histórias de Riobaldo em Grande Sertão: Veredas. E mesmo Flaubert, que declarou que "Madame Bovary c'est moi" não era, ele próprio, uma esposa adúltera.

Aos mais ofendidos pela crônica, não peço desculpas: peço mais abstração. Na crônica, que tem espaço reservado no jornal, com anúncio em letras garrafais, no suplemento de cultura, para que não paire dúvidas a respeito de sua natureza, é necessário imaginar e não se ater ao pé da letra do texto.

Passo a moderar os comentários neste blog porque minha mãe não tem nada a ver com os que leram errado minha CRÔNICA.

Abraço aos seguidores deste blog.

OBS: Ah, e para que não pairem dúvidas, sei que o Amapá existe sim. Sei há muito tempo, muito antes do Google, que me foi tão singelamente indicado por muitos.”

Parte 04 - Alguns comentários

Exponho agora alguns comentários postados naquele blog a despeito desta iniciativa do cronista:


Ribeirinho disse:

“Li o texto, e até achei bem engraçadinho. Não te critico pelo preconceito, até porque acho que no humor vale tudo. Só acho medíocre você adaptar um texto do Diogo Mainard (sobre Cuiabá) pra aproveitar e fazer uma crônica sobre o estado do time que levou uma goleada do time da sua cidade. Genial, fazer plágio de um autor que seus leitores nunca ouviram falar, só pra bancar o escritor de textos de humor inteligente. Oh dó... Até os nomes das duplas sertanejas goianas são mais criativas...”


Dinete Botelho disse:

“Mesmo sendo uma crônica ou não... Você foi muito infeliz! Quer escrever crônica, escreva coisas corriqueiras do dia-a-dia... Não um texto que com certeza sendo crônica ou não foi carregado de preconceito e leviandade com o povo do meu Estado! Liberdade de expressão não implica em sair por aí ofendendo as pessoas e seus respectivos lugares... Você realmente foi muito infeliz! E suponho que você também não saiba fazer uma crônica, não com dignidade... Muito menos com abstração! Passar bem!”

Parte 05 - Retratação

Pois bem, após isto foi postado naquele blog o seguinte texto:


“Esclarecimentos sobre o amapá

Uma crônica de minha autoria publicada em O POPULAR no dia 7 de abril gerou polêmica no Amapá, estado aludido no texto. Recebi, em meu e-mail pessoal, e também por meio de comentários em meu blog, diversas reações iradas ao trabalho, tachando-o de desinformado, ignorante e preconceituoso. Muitas dessas manifestações referiam-se à crônica como uma matéria jornalística ou um artigo de opinião.Quero, portanto, prestar os devidos esclarecimentos não só aos leitores deste jornal, como também à população amapaense que se sentiu ofendida.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que nunca houve a intenção de atacar o povo do Amapá. Na crônica, quando “é posta em dúvida” a existência do Estado, obviamente que se tratava de uma afirmação fantasiosa, uma vez que é impensável alguém dizer, seriamente, que determinada unidade da nação não existe. Seria o negar o óbvio ou defender que o mar não é salgado ou que o Sol gira em torno da Terra. Quem quer que diga que o Amapá não existe, mesmo em uma conversa informal, só pode estar brincando com seu interlocutor. Pelo menos é assim que eu encararia se alguém me dissesse ou escrevesse que Goiás não existe.

Ao dizer, logo no início do texto, que “duvidava” da existência do Amapá, faço automaticamente o convite ao leitor para sair, em alguma medida, da realidade. O absurdo da afirmação suspende os planos da lógica no restante da leitura. Esta, aliás, é a dinâmica da crônica, gênero híbrido que mistura o real e o ficcional em uma narrativa que foge dos parâmetros tradicionais do jornalismo. Como um texto que mistura discursos, a crônica busca referências na realidade para, justamente, subvertê-las de alguma maneira ou então surpreender seus leitores com o elemento inesperado, da ironia e da fantasia. Isso não ocorre, por exemplo, em reportagens e artigos de opinião, restritos que estão à busca do relato da realidade palpável.

Ao tomar o Amapá como tema de meu texto, o objetivo não era denegrir o Estado e sim ironizar, a partir dele, mazelas que são de todos nós brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Amazonas, do Ceará ao Acre, de São Paulo a Goiás. Quando digo que os escândalos políticos não existem no Amapá, estou salientando exatamente o contrário, que eles existem em toda parte, indiscriminadamente, tanto que cito um político que tem se envolvido em vários deles nos últimos tempos. Quando falo da goleada do Goiás sobre o São José, estou, na verdade, pegando no pé do time goiano, que tem dificuldade em vencer seus adversários regionais, numa provocação caseira.

Quando se publica um texto, a reação do leitor é legítima, desde que dentro dos parâmetros mínimos de civilidade. Entre os muitos comentários recebidos, vários são críticas pertinentes, que precisam ser levadas em conta. Aqui faço um me a culpa por ter, mesmo que involuntariamente, atingido a identidade de cidadãos amapaenses e agradeço as mensagens que ressaltam possíveis erros cometidos, pelos quais peço desculpas. Mesmo o gênero crônica, como muitos disseram, não permite excessos e me penitencio por aqueles que tenha cometido.

Há, porém, mensagens – infelizmente em maior número –, que partiram para ataques pessoais, desqualificando a mim e a meu trabalho de forma chula e irresponsável. Entre essas manifestações de desequilíbrio, algumas mencionam até ameaças físicas. Lamento profundamente que tanta gente só encontre o xingamento como o melhor argumento para defender sua terra. Em redes sociais, comentários deram lugar à incitação ao ódio, o que é lamentável, muito mais que qualquer crônica equivocada.
Entendo que a difusão do texto no Amapá como foi feita, sem a devida contextualização, de forma sensacionalista, por meio de um recorte de jornal escaneado que retira todo o contexto da publicação original do texto – que é impresso na página do horóscopo e dos quadrinhos, mostrando seu viés literário – tenha contribuído para a percepção de que se tratava de uma agressão gratuita. Na internet, as pessoas se sentem mais corajosas para ameaçar e ofender. Em muitos dos recados deixados, os autores até admitem que estão escrevendo por comentários ouvidos e não pela leitura do texto em si.

Àqueles que criticaram o texto, agradeço. Àqueles que se sentiram ofendidos pela crônica, peço desculpas. Àqueles que me endereçaram ofensas, não tenho nada a dizer.

P.S.: Este é um artigo de opinião e não uma crônica. Portanto, não há nada fictício aqui.

Uma versão deste artigo será publicada no jornal O Popular”






Vejam bem meus caros que este artigo foi realmente publicado no mesmo jornal goiano no dia 16 deste mês.

Parte 06 - Eu, Batan Morais...

Agora, antes de mais nada peço licença para expor o “meu” comentário deixado no blog de Rogério Borges, que até este momento, não foi postado pelo mesmo uma vez que, por motivos óbvios, este se viu forçado a moderar os comentários deixados naquela pagina.


Um ótimo dia Rogério Borges!

Devo confessar que o sentimento que tive quando li sua publicação pela primeira vez só posso descrever como "desprazer". Minha primeira reação foi mesmo a da grande maioria dos meus conterrâneos: revolta. Pura e crua.

Entretanto nunca fui o tipo de pessoa que abre a boca ou toma uma atitude sem antes analisar a situação. E tenho certeza que você também não é a pessoa irresponsável e inconseqüente que todos pintaram. Que você tinha consciência de tudo que sua crônica acarretaria.

Confesso ainda que me sinto profundamente envergonhado com todas as imprecações que minha língua teve vontade de externar com relação a pessoa da sua mãe.
Enfim... Faço este comentário pedindo desculpas por todos os insultos que pretendi fazer-lhe e a sua mãe como forma de descontrair e quebrar um pouco este clima pesado que paira sobre esta página de comentários.

Pretendo ainda ler todos os quase oitenta comentários postados por meus munícipes e conterrâneos irados.

Na verdade o que pretendo com isto é pedir, humildemente a sua permissão para utilizar a sua crônica, suas postagens de retratação e comentários (ou simplesmente passagens deles, devidamente atribuídas aos seus autores), para que eu possa fazer a minha própria publicação em meu Blog pessoal, uma vez que toda esta situação me despertou muito a vontade de expressar algumas idéias.

Eu ainda não tenho certeza daquilo que irei publicar ou até onde posso chegar com minhas palavras. Mas falando em palavra, dou a você a minha palavra de homem de que serão essas muito responsáveis e extremamente moderadas. Tal qual este texto que lhe redijo. Tenho apenas a intenção de, assim como vi alguns colocarem aqui, fazer com que meu estado seja um pouco mais reconhecido...

Sei que muitos já disseram isso, mas, por favor, um pouco mais de cuidado com as palavras. Elas têm um poder que vai bem além do nosso imaginário, não é mesmo? Você sabe, deve ter sentido esse poder todo voltar-se contra você nos últimos dias. Apesar de todos os mal entendidos, depois de dar uma olhada no seu blog, eu vejo um grande futuro em você.

Boa Sorte e sucesso.

Batan Morais.

Parte 07 - Um abraço Tucuju

Segue aqui a publicação de um jornalista de um conceituado jornal local acerca do assunto:


Amapá não existe no mapa, pelo menos para um jornalista de Goiânia
Por: Elden Carlos
Jornalista – Diário do Amapá

Não se sabe com que intenção um colunista do jornal Magazine Popular, de Goiânia, que atende pelo nome de Rogério Borges, resolveu de uma hora pra outra tachar o Amapá de “Terra do Nunca”. Em artigo publicado na edição do dia 7 de abril no jornal goiano, ele afirma que o Amapá não existe, que é um estado imaginário. Bom, se o jornalista ai tinha pretensões de ofender o Senador da República e Presidente do Congresso Nacional, José Sarney – já que ao que parece o Senador é a única coisa que ele conhece pelo Amapá - deveria ter escolhido um texto que não mexesse com a história e tradição de um povo que vive no estado mais preservado do Brasil, conforme pesquisas divulgadas nacionalmente.

Inicialmente, parece que o Rogério perdeu todas as aulas de geografia da escola. Ele diz que não sabe o que é a Oiapoque. Primeiro ele deveria aprender que o Oiapoque está localizado na parte mais setentrional do estado do Amapá. Limita-se ao norte com a Guiana Francesa, ao sul com os municípios de Calçoene, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari. Ao leste é banhado pelo Oceano Atlântico e a oeste faz fronteira com o município de Laranjal do Jari.

Mais isso ele não deve nem imaginar também. Por certo não deve conhecer o maior Parque Nacional do Brasil (Montanhas do Tumucumaque) com 3,8 milhões de hequitares. E o Marco Zero do Equador, será que ele sabe que o Amapá é a única capital do país cortada pela linha do Equador, e que temos o fenômeno do Equinócio duas vezes por ano? Mas deixemos de lado a geografia um pouco, afinal, quem passou tantos anos estudando – creio eu - e até hoje não conhece a geografia do próprio país, não vai aprender agora em uma rápida lição.

O artigo desse cidadão feriu os sentimentos de um povo que observa seu estado em franco desenvolvimento. Será que Rogério Borges conhece o Manganês, chamado de ouro negro da Amazônia e cujas maiores jazidas estão no Amapá? Será que conhece o açaí que exportamos para os maiores países do mundo? Será que essa pessoa, altamente desinformada, sabe onde passa o maior rio do mundo em volume d’água (O Amazonas) que banha a capital do estado (Macapá) e é nosso cartão postal?

Quanto ao São José, que perdeu, sim, para o Goiás lá dentro da casa dele, ele existe de fato e direito. Ocorre que não temos realmente tanta tradição no futebol nacional, diferente do Goiás que dispõe de uma infraestrutura moderna. Aliás, o estado de Goiás que é um dos mais desenvolvidos do país, deveria se envergonhar de ter como habitante, um homem que deveria ter como jornalista, a obrigação de informar de maneira eficiente seus leitores. Mas não é isso que acontece. Pessoas como esse rapaz é que sujam o nome da imprensa nacional. Não se pode admitir que uma pessoa sem conhecimento algum, ocupe linhas tão importantes de um veículo de comunicação para escrever absurdos e inverdades sobre o Amapá. Se quiser, senhor Rogério, está convidado a vir ao nosso estado tomar, quem sabe, um banho nas cachoeiras de Santo Antônio, ou conhecer e degustar a culinária do “MEIO DO MUNDO”, acompanhada de canções regionais tidas como as pérolas da Amazônia, dentre tantos outros espetáculos e belezas naturais que temos no Amapá. Um abraço Tucuju.

Parte 08 - Mais comentários

Agora lhes apresento mais alguns dos comentários que mais me chamaram a atenção naquele blog. Atentem para o fato de que eu me esforcei ao máximo para colocar nesta publicação apenas os depoimentos mais categóricos e dignos da moralidade, embora por algumas vezes nossos amigos amapaenses tenham deixado o veneno, talvez acidentalmente, escorrer-lhes ao canto da boca. Algo que eu descrevo como criticas e repreensões com muita classe. Não nego que me diverti muito revirando a pagina de comentários do rogeriopborges.blogspot.com.
Mas por favor, não parem ainda. Garanto-lhes que o melhor ainda está guardado para linhas vindouras desta minha citação.




“Sei que você não é um esclerosado, mas quero lembrar a você que muitas das pessoas que se indignaram com o seu texto não são analfabetas.
Defenderei sempre a liberdade de imprensa, mas liberdade existe para proteger valores mais caros, principalmente a democracia.
Chacota, grosseria e ofensas gratuitas, no meu humilde entender, não devem ser protegidas, pois merecem repreensão.
Por um dia você conseguiu ser um escritor nacionalmente conhecido. Meus parabéns!”

Heider Santos




Ana Claudia disse:

“Crônica é literatura, é ficção. Basta saber isso para conseguir ler uma crônica, entendê-la, saboreá-la. E se ela nos diverte, nos faz sair da realidade, viajar, melhor ainda. Isso você fez, Rogério. Aos ofendidos, meu depoimento: sou bairrista ao EXTREMO. Amo Goiás. Sofro cada vez que meu Estado é discriminado (e olha que isso é muito mais frequente do que se possa imaginar). Brigo até para defendê-lo. E depois de tanta polêmica sobre essa crônica, coloco-me no lugar dos amapenses. E se fosse com Goiás? Iria ler a crônica e abstrair dela a sua riqueza de conteúdo, o seu humor, os conhecimentos paralelos nas entrelinhas. E concluiria que, pelo menos na crônica de um "desconhecido" Rogério meu Estado estava sendo celebrado. Simples assim. Mais do que isso é procurar chifre em cabeça de égua, é complicar a vida, é olhar o mundo com os olhos do rancor, é menosprezar nossa capacidade de leitura. A você, Rogério, nos encontramos por aí, pela redação e em mais um dos muuuuuuuuuuitos lançamentos literários que sua carreira ainda viverá. Seus voos são altos, como já disse minha cunhada.Para muito além desse Goiás tão esquecido quanto o Amapá.”




José e Edileuza disseram:

“Rogério,

Você conseguiu a façanha de se transformar na "persona non grata" da atualidade aqui no Amapá. Se você ver aqui, vai ter que vir disfarçado, pois vamos mandar os melhores guerreiros da tribo Waiãpi para te recepcionar no Aeroporto (É!!! aqui tem aeroporto!!!) - brincadeirinha. se você vier aqui e passar uma semana, eu duvido se você não vai deixar esse seu orgulho de não reconhecer a burrada que fez de lado. Quando você provar o açaí (não essa gororoba que vendem aí em Goiás), um Tucunaré na manteiga, um camarão no bafo, tomar um banho no rio Araguari ou na cachoeira de Santo Antônio, ou quiser visitar a antiga base aérea norte-americana que mantém intacto o único atracadouro de zeppelins do Brasil no meio da floresta (dava uma excelente matéria jornalística), ou pescar no lago Piratuba (A Globo já esteve aqui sim, fazendo vários 'Globo Repórter'), ou simplesmente tomar uma água de coco sentado na beira do maior rio do mundo - o Amazonas, você certamente mudará de idéia e pedirá desculpas ao povo amapaense. Nossa gente é simples, como toda a alma nortista, mas corre sangue em nossas veias. Temos o orgulho de ser o estado mais preservado do país, em contraposição a Goiás, que foi devastado para dar lugar à agropecuária. Não temos pretensão de sermos conhecidos mundialmente, mas o somos assim mesmo. Somos a porta brasileira para a europa através da Guiana Francesa. Se você pretendia abstrair, porque não criou um estado fictício? - isto demonstra que você aprendeu errado sobre crônicas. Contudo, respeito sua opinião, ou seja lá como deseja chamar. Só que, todo ato tem consequências; e se você queria ficar famoso - conseguiu: a fama de desinformado e idiota.”

Parte 09 - Amapá, uma abstração? – Por Kelly Tork

Enquanto vagava me deliciando com as palavras destes ilustres desconhecidos (por favor, desconhecidos apenas para a minha pessoa), me ative à menção que alguém fez a um texto de outra jornalista chamada Kelly Tork, em resposta a crônica publicada no jornal de Goiás, ao qual nosso amigo infalível Google teve a fineza de me guiar.

Foi um texto que com certeza me emocionou. Aliás, tive um dia de fortes emoções presenciando e descobrindo o quanto este povo pode se empenhar em defender esta terra tão querida.


Amapá, uma abstração? – Por Kelly Tork

Já dizia o pensador chinês Confúcio: “A ignorância é a noite da mente: mas uma noite sem lua e sem estrelas”. Ninguém é obrigado a saber tudo. Tudo bem. No entanto, a maior virtude do ser humano é, ao se deparar com a falta do saber, buscar a luz do conhecimento.

Em tempos de internet 2.0, o que não dá é pra incorporar a síndrome de Gabriela: “eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim…”. Ainda que não se queira utilizar as tradicionais (e alguns até diriam, chatas) fontes de pesquisa, como sites de notícia e enciclopédias, outras possibilidades existem, como o divertido e colorido “Orkut”, os amigos virtuais do “MSN”, ou o até a febre do momento, o “Twitter”. Na falta disso, vale apelar para os antiquados meios de comunicação como TV, rádio ou jornal.

Mas o que não dá pra aceitar mesmo é que uma pessoa que repassa suas impressões, (de)formadora de opinião, transmita a escuridão de seus pensamentos para aqueles que o rodeiam. Eu, jornalista que sou, estudiosa dos fenômenos da mídia (e por isso busco observá-los da maneira mais imparcial possível), senti vergonha ao ler um texto sobre o Amapá escrito por Rogério Borges e veiculado no Magazine Popular, de Goiânia.
Não, não. Não se antecipe em pensar que fiquei horrorizada com algum fato narrado que por aqui se passou. Antes fosse, mas nada disso. Minha decepção foi ao ver o nobre colega dizer que não acredita que o Amapá exista simplesmente porque ele não o conhece ou porque a Globo nunca fez uma minissérie sobre o Estado.

Rogério e leitor, se me permitem, vamos pegar uma pequena lanterna e clarear alguns fatos. A despeito do que afirma o ilustre colunista, o Amapá já foi sim notícia em várias grandes emissoras de TV, como SBT, Record e até (pasmem!!) a Rede Globo. Sim, correspondentes nacionais da “toda poderosa” já estiveram no Estado algumas vezes para Globo Repórter, Globo Esporte e Globo sei lá mais o que. E não é de hoje que os fenômenos naturais como o Equinócio e a Pororoca chamam a atenção do Brasil e do Mundo para a região.

Bem, se você pesquisou um pouco mais, pode até argumentar esses espetáculos não são privilégio exclusivo do local. De fato, não são. Mas a Fortaleza de São José, maior fortificação portuguesa construída no Brasil, é. E digo mais, sabiam que ela (ao lado do Cristo Redentor, do Maracanã e outras mais) foi eleita uma das 7 maravilhas do Brasil?

Em 2008, a Escola de Samba do Rio de Janeiro Beija-Flor foi campeã com um enredo que relatava o que mesmo? Ah! Aquela cidade às margens do maior rio do mundo localizada sobre uma linha imaginária que, segundo Borges, não existe. O que? Vai dizer que, porque nunca viu, o Rio Amazonas também não existe? Nesse caso, serei obrigada a lhe apresentar um senhor que sabe de muitas coisas chamado “Google”, dele você ouviu falar, não?

Tá certo que nossa exportação não é assim tão expressiva, mas exportamos sim. Exportamos minérios, soja, pescado e até talentos. Já assisti, mais de uma vez, Fernanda Takai, vocalista da Banda Pato Fu, declarar que nasceu em Serra do Navio. Fora alguns outros talentos que vez por outra aparecem nos grandes programas de entretenimento – Convenhamos que qualquer outra coisa fora do eixo Rio-São Paulo- Bahia recebe menor atenção da mídia. O que não quer dizer que eles não existam. Aqui temos grandes músicos, poetas, escritores, pintores, artistas de uma forma geral.
Voltado ao amigo de Goiás, sinceramente, fiquei em dúvida se o que presenciei foi pura ignorância ou apenas uma tentativa infeliz de autopromoção. De qualquer modo, se ainda duvida da existência do Amapá, é só sair da comodidade do seu mundinho e vir tomar açaí, comer maniçoba, dançar marabaixo e sentir a hospitalidade de um povo que recebe a todos de braços abertos. Vou dar a dica: nem precisa pedir pózinho da fada Sininho, as companhias aéreas já operam pra cá.

Ah, já ia esquecendo… quanto ao Sarney, eu me rendo, devo admitir que esse sim é uma lenda. Um mistério que ninguém consegue compreender.

*Jornalista, especialista em Comunicação e Política, professora do curso de comunicação.




Termino esta postagem com um dos comentários deixados nesta postagem de Kelly Tork:




“O nome do Estado de Goiás, segundo li, origina-se da denominação da tribo indígena ‘guaiás’. Vem do termo tupi gwa ya que quer dizer indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça. Que ironia!
Assim como eu, nós do Amapá conhecemos goianos que são pessoas maravilhosas, alegres, educadas e inteligentes. Que sorte!
O que me surpreendeu é que o slogan do jornal para o qual este “jornalista” escreve é: “notícias com qualidade e ética em Goiás”. Que piada!”




Não é, com certeza, um sentimento nobre. Mas é incrível como a gente consegue se divertir testemunhando a revolta de outrem.

Parte 10 - Geissy

De todos os vários textos, com os mais variados níveis de exaltação que tive o prazer de ler, aquele que mais me despertou interesse, que mais me chamou a atenção e me tocou mais profundamente foi este depoimento:




Geissy disse:

“Ao ler sua crônica fez-me lembrar de vários acontecimentos em minha vida. já morei em outros estados alem do meu e ao chegar, ao conhecer pessoas, sempre tinha aquele amigo que começava com a piada:"A Geissy vem do Amapá, sabiam que onde ela mora desligam o gerador de de luz as 8 da noite e que ao andar pelas ruas você cruza com onças, capivaras e vários outros animais???... hahaha!" então todos começavam a rir. Minha replica sempre foi a seguinte: " tirando a parte das onças, existem locais onde realmente o gerador de energia é desligado as 8, 9 ou 10 da noite, assim como também tem lugares onde nem gerador existe. Tal como a casa do meu avô... íamos pra lá sempre. Meu pai deixava o carro perto do lugar onde pegávamos canoas e íamos rio acima até a casa do meu avô (minha mãe sempre pedia pra parar a canoa ela pegava alguma espécies diferente de samambaia, ela adora!!). La a luz era à lamparina (lampião). Adorava aquilo, corríamos pela mata, comíamos frutas frescas (certa vez tivemos que fugir de cobra) mas o melhor era ao fim do dia, quando anoitecia. Na casa não tinham quartos, era como um grande salão de festas e todos atávamos as redes formando um grande circulo (víamos uns aos outros) e começava a grande hora: meu avo (semi-analfabeto das letras) contava estorias, muitas delas reais, outras contos de fadas que certa vez ele ouvira... viajávamos horas em suas palavras ate o silencio nos acalentar e dormirmos... Outras vezes iamos para casa de um tio (La havia energia eletrica) acordávamos cedo da manha e íamos tirar leite de vaca, tomar banho de rio todos os dias e ouvir muitas, muitas estórias... Alem de visitarmos lugares, também moramos em vários outros, minha mãe era professora e lecionou por muitos anos nos interiores do estado (iclusive eu nasci em um deles, Foz do Rio Macacoari, meu pai fez o parto), moramos no Cachorrinho, Ilha dos bois... e de cada lugar muitas estórias escutadas e vividas."

Ao final de minha replica via o brilho nos olhos dos meus amigos e completava "Sim, onde moro é exatamente assim." E todos riamos, pra variar zoavam um pouco mais comigo porém com outro tom nas palavras.

Hoje vivo no exterior, já conheci alguns países e pessoas de outros lugares do mundo. Hoje a piada é outra: 'A Geissy vem do Brasil, lá é só violência, tiro pra todo lado...' Isso me toca profundamente, sinto uma pontada de tristeza, pois amo o Brasil, então minha replica é a seguinte: " Realmente nas grandes cidades, o índice de criminalidade é altíssimo, reflexo da super população, milhões e milhões de pessoas tentando sobreviver no mesmo espaço. Mas nem todos os lugares são assim..." então começo a falar do meu estado e mostro fotos (pois as tenho no celular) e conto estórias. Com brilho nos olhos eles me dizem ' você não precisa estar aqui, nós vamos pra lá morar com você...' e começam as risadas.

Sou fã das crônicas (adoro Arnaldo Jabor), mas sinceramente felizmente através da sua crônica só pude constatar, muito feliz, o porque amo tanto 'meu lugar', Amapá. Somos povo guerreiro!! Obrigada pelo espaço!”





Sem duvida é um texto que eu teria adorado ler nas paginas de um jornal aqui neste (e agora tenho certeza disto) tão amado estado.

A forma simples e apaixonada com que nossa heroína relata suas experiências pelo interior deste paraíso ao qual eu tenho o maior prazer em chamar de lar era algo que eu não podia deixar apenas para aqueles que se dessem ao trabalho de acessar a pagina de comentários do blog do Rogério Borges. E que me permita a senhora – ou senhorita Geissy, dizer que é uma imensa satisfação saber que temos no exterior cidadãos amapaenses como você, que carregam suas origens no bolso e defendem com tanta ternura e competência este pedacinho encantador da Amazônia.

Já estive no Cachorrinho, localidade mencionada no texto e que fica no município de Pedra Branca do Amapari, localizado na região centro-oeste do estado, há cerca de 190 km da capital. Estive lá em três oportunidades e, infelizmente, apenas uma delas a lazer. Arrisco dizer que aquele foi o melhor fim de semana que já tive na minha vida! O relato da Geissy me fez retornar a ele... Lembrar da luz oscilante das velas, da casa enorme com redes se entrelaçando por todo lado, das trilhas emocionantes que tínhamos que fazer para chegar até as outras casas, e das estórias (ah! As estórias...) que ouvíamos dos nossos anfitriões. Espero em Deus que eu ainda possa desfrutar daquela rusticidade apaixonante mais vezes.

Não sei como nem onde encontrá-la, mas saiba que se seria um imenso prazer saber que você leu estas singelas palavras deste, desde já, admirador seu. Parabéns! É um prazer poder dizer que sou do estado da Geissy.

Parte 11 - Considerações finais

Queridos...

Espero que tenham apreciado a leitura e feito a mesma viagem que fiz.

Reservei para esta ultima parte da postagem algumas palavras que são um recado ao povo do Amapá. Idéias que nos fazem perceber que as adversidades têm a capacidade impressionante de nos fazer crescer, de excitar nossas mentes e incitá-las a agir, a buscar compreender idéias e opiniões.



Marina disse:

“Depois de ler um a um os comentários e de acompanhar a comunidade no Orkut criada para protestar contra Rogério e suas palavras, fiquei pensando...

Vocês, moradores do Amapá, costumam se mobilizar assim sempre que há um problema por aí? Quando a polícia não funciona, quando não há escola pra todos, quando o posto de saúde está fechado e quando os políticos não cumprem o papel deles, o que vocês fazem? Demonstram todo esse amor pelo Amapá, protestando, criando comunidades e invadindo blogs e twitter? Ou fingem que o Estado não existe? Usem o amor que sentem pelo Amapá pra fazer o melhor pelo Estado.”




Pablo Alcântara disse:

“A delícia da crônica é ser absurda. Nem sempre há sentido, nem sempre é preciso buscar sentido. Atemporal. Mas até que essa crônica do Rogério foi útil. Sem precisar. Sabiam? Eu, como mineiro, acabei de descobrir muitas coisas sobre o Amapá. Primeiro: o estado realmente existe, visto o grande número de amapenses que surgiram. Pois é, descobri que os amapenses amam seu Amapá. Que legal! E o outro colega lá escreveu um artigo listando belezas geográficas e fatos locais. Aprendi também. Mas só fui descobrir isso agora.

Sim, estudei geografia. Era bom aluno. Mas até nas escolas do sudeste nos ensinam pouco sobre o restante do país. Descobri o Amapá mesmo. Vocês só me contam isso agora? Acho que um estado tão amado e defendido tem que ser mais engrandecido pelos seus amados. Cadê vocês gente? Cadê? Isso, apareçam mesmo. Defendam o estado de vocês. Façam ele aparecer. Vão ficar esperando o pessoal do 'Sul' falar de vocês? Ao Rogério, parabéns por ser cada vez mais um cronista - que ele é um repórter dos melhores, eu já sabia - de mão cheia. (Agradeçam a ele pela chacoalhada).”




“Rogério Borges, concordo com o Pablo Alcantara. Sou amapaense e, quando li sua crônica, depois de todo um estardalhaço feito por um programa de rádio local, dei umas boas gargalhadas. Em nenhum momento me senti ofendida.

Penso que se quisermos responder a vc devemos ter classe. Agora fico feliz em saber que meu povo sabe muito sobre o nosso estado. Obrigada por ter causado todo esse alvoroço e fazer meus conterrâneos demonstrarem seu amor pelo AMAPÁ.”






Vejo toda esta situação pelo lado positivo. Como alguém disse, o amapaense precisa acordar, se mostrar, mostrar que existe sim e que tem valor na federação. Infeliz nas colocações ou não, nosso amigo de Goiás acabou por colocar-nos em evidencia e despertar nesse povo um sentimento feroz de amor e apreço por esta terra.

Nunca fui muito longe deste estado, mas fora dele vi o bastante para ter certeza de que não o trocaria por nenhuma outra alocação no mundo. E, pessoalmente, prefiro que o Amapá continue nas trevas. Prefiro que continue apenas na imaginação e na fantasia da parte sul deste país, que continuemos esquecidos por suas garras. Desta forma poderemos continuar sendo por muito tempo a unidade federativa com a maior área verde preservada (cerca de 97% de mata original intocada), e poderemos continuar levando nossas vidinhas pacatas em paz e acolhendo com o mesmo calor de sempre, qualquer cidadão, brasileiro ou do mundo que aqui pisar.

Contradigo no parágrafo anterior a ideais que eu deveria defender como profissional de turismo que sou, e guia de turismo formado neste estado. O intento de promover este lugar em franco desenvolvimento turístico ao qual todos deveriam ter a oportunidade de conhecer. Um lugar que, como disseram alguns anteriormente, muda o modo de ver de quem quer que o visite.

Não sei vocês, mas eu nem lembro mais o que foi que o colunista do “O POPULAR” escreveu exatamente. Mas o que importa? Tenho quase certeza que alcancei com tudo isso meu objetivo maior: mostrar um pouquinho do meu estado a todos aqueles que passarem por aqui e lerem estas palavras. Falar das maravilhas que nele existem – dos seus aspectos ruins também! – da sua historia grandiosa e, mais que qualquer coisa, de como essa gente é apaixonada por este pedacinho do paraíso...

Entendamos apenas que a vida é feita de erros e acertos. Afinal, são estes a essência daquela... São eles a única forma pela qual crescemos.

De um modo ou de outro, como disse no inicio desta publicação, me esforçarei com cada fibra do meu ser para errar o mínimo possível e estar sempre em paz com todos vocês, afinal, é por vocês que estou aqui.


Um grande beijo e um abraço apertado.

Hurubatan dos Santos Morais, amapaense nato e apaixonado.