"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional"


(Autor desconhecido)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Parte 11 - Considerações finais

Queridos...

Espero que tenham apreciado a leitura e feito a mesma viagem que fiz.

Reservei para esta ultima parte da postagem algumas palavras que são um recado ao povo do Amapá. Idéias que nos fazem perceber que as adversidades têm a capacidade impressionante de nos fazer crescer, de excitar nossas mentes e incitá-las a agir, a buscar compreender idéias e opiniões.



Marina disse:

“Depois de ler um a um os comentários e de acompanhar a comunidade no Orkut criada para protestar contra Rogério e suas palavras, fiquei pensando...

Vocês, moradores do Amapá, costumam se mobilizar assim sempre que há um problema por aí? Quando a polícia não funciona, quando não há escola pra todos, quando o posto de saúde está fechado e quando os políticos não cumprem o papel deles, o que vocês fazem? Demonstram todo esse amor pelo Amapá, protestando, criando comunidades e invadindo blogs e twitter? Ou fingem que o Estado não existe? Usem o amor que sentem pelo Amapá pra fazer o melhor pelo Estado.”




Pablo Alcântara disse:

“A delícia da crônica é ser absurda. Nem sempre há sentido, nem sempre é preciso buscar sentido. Atemporal. Mas até que essa crônica do Rogério foi útil. Sem precisar. Sabiam? Eu, como mineiro, acabei de descobrir muitas coisas sobre o Amapá. Primeiro: o estado realmente existe, visto o grande número de amapenses que surgiram. Pois é, descobri que os amapenses amam seu Amapá. Que legal! E o outro colega lá escreveu um artigo listando belezas geográficas e fatos locais. Aprendi também. Mas só fui descobrir isso agora.

Sim, estudei geografia. Era bom aluno. Mas até nas escolas do sudeste nos ensinam pouco sobre o restante do país. Descobri o Amapá mesmo. Vocês só me contam isso agora? Acho que um estado tão amado e defendido tem que ser mais engrandecido pelos seus amados. Cadê vocês gente? Cadê? Isso, apareçam mesmo. Defendam o estado de vocês. Façam ele aparecer. Vão ficar esperando o pessoal do 'Sul' falar de vocês? Ao Rogério, parabéns por ser cada vez mais um cronista - que ele é um repórter dos melhores, eu já sabia - de mão cheia. (Agradeçam a ele pela chacoalhada).”




“Rogério Borges, concordo com o Pablo Alcantara. Sou amapaense e, quando li sua crônica, depois de todo um estardalhaço feito por um programa de rádio local, dei umas boas gargalhadas. Em nenhum momento me senti ofendida.

Penso que se quisermos responder a vc devemos ter classe. Agora fico feliz em saber que meu povo sabe muito sobre o nosso estado. Obrigada por ter causado todo esse alvoroço e fazer meus conterrâneos demonstrarem seu amor pelo AMAPÁ.”






Vejo toda esta situação pelo lado positivo. Como alguém disse, o amapaense precisa acordar, se mostrar, mostrar que existe sim e que tem valor na federação. Infeliz nas colocações ou não, nosso amigo de Goiás acabou por colocar-nos em evidencia e despertar nesse povo um sentimento feroz de amor e apreço por esta terra.

Nunca fui muito longe deste estado, mas fora dele vi o bastante para ter certeza de que não o trocaria por nenhuma outra alocação no mundo. E, pessoalmente, prefiro que o Amapá continue nas trevas. Prefiro que continue apenas na imaginação e na fantasia da parte sul deste país, que continuemos esquecidos por suas garras. Desta forma poderemos continuar sendo por muito tempo a unidade federativa com a maior área verde preservada (cerca de 97% de mata original intocada), e poderemos continuar levando nossas vidinhas pacatas em paz e acolhendo com o mesmo calor de sempre, qualquer cidadão, brasileiro ou do mundo que aqui pisar.

Contradigo no parágrafo anterior a ideais que eu deveria defender como profissional de turismo que sou, e guia de turismo formado neste estado. O intento de promover este lugar em franco desenvolvimento turístico ao qual todos deveriam ter a oportunidade de conhecer. Um lugar que, como disseram alguns anteriormente, muda o modo de ver de quem quer que o visite.

Não sei vocês, mas eu nem lembro mais o que foi que o colunista do “O POPULAR” escreveu exatamente. Mas o que importa? Tenho quase certeza que alcancei com tudo isso meu objetivo maior: mostrar um pouquinho do meu estado a todos aqueles que passarem por aqui e lerem estas palavras. Falar das maravilhas que nele existem – dos seus aspectos ruins também! – da sua historia grandiosa e, mais que qualquer coisa, de como essa gente é apaixonada por este pedacinho do paraíso...

Entendamos apenas que a vida é feita de erros e acertos. Afinal, são estes a essência daquela... São eles a única forma pela qual crescemos.

De um modo ou de outro, como disse no inicio desta publicação, me esforçarei com cada fibra do meu ser para errar o mínimo possível e estar sempre em paz com todos vocês, afinal, é por vocês que estou aqui.


Um grande beijo e um abraço apertado.

Hurubatan dos Santos Morais, amapaense nato e apaixonado.

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