"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional"


(Autor desconhecido)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Enem" Que a Vaca Tussa!

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Eis o Problema que é a bola da vez neste amado país de controvérsias. O ENEM!
OS créditos desta postagem São do Âncora do CQC, Marcelo Tas, retirado diretamente do Blog do Apresentador.
E como eu disse ao mesmo no Twitter, “O que seria das minhas noites de Segunda sem ele e o CQC, e da minha cultura sem o BlogDoTas”
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O Enem- Exame Nacional do Ensino Médio- mexe com 4,6 milhões de brasileiros num momento muito especial de suas vidas. É gente que trava, em sua maioria, a derradeira batalha para conquistar sua Educação, software raro de se encontrar no país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza. O exame foi criado em 98, no governo FHC, apenas para aferir o ensino médio, daí o seu nome. Depois, se ampliou e passou também a significar acesso ao ensino superior. No governo Lula, ampliou-se ainda mais e passou a valer pontos no Prouni- Programa Universidade para Todos- além de servir como prova de certificação para alunos que estão concluindo o ensino médio em cursos do EJA- o antigo supletivo. Ou seja, o Enem se ampliou e adquiriu importância e interesse público. Então, veio o Eminem…
Em 2009, no Hemisfério Norte, Eminem, o rapper norte-americano que se não fosse o “mi” no meio era homônimo do Enem, lança o álbum “Relapso”- uma previsão nefasta do que aconteceria a seguir. O exame comandado pelo Ministério da Educação foi parar nas páginas policiais. A prova é furtada, malocada na cueca (Jesus, os brasileiros e suas cuecas criminosas!) por um funcionário do consórcio responsável pela prova. Desde este escândalo nas roupas de baixo, o Enem adquiriu uma aura de desconfiança e tensão extras.
Na última sexta-feira, Eminem trouxe seu show “Relapso” pela primeira vez ao Brasil, e a palavra, infelizmente, voltou a caracterizar o Ministério da Educação do Brasil que aplicava a prova em mais de mil cidades no mesmo final de semana. O exame continha erros primitivos, básicos, patéticos… Desde falhas na impressão, na ordem do gabarito, crucial numa prova dessa extensão, quanto na revisão dos textos que teoricamente deveriam servir como não apenas ferramenta de avaliação mas também de exemplo de bom trato da língua pátria. Ao contrário do governo brasileiro, o rapper norte-americano se apresentou pontualmente e impecavelmente ao seu público. Já o exame “Relapso” do Enem não é compatível com os mais de R$ 60 milhões que os cofres públicos gastaram na sua confecção e toda expectativa que se criou em torno do exame pelos mais de 4,6 milhões de pessoas envolvidas.
Muitos deles estão travando uma batalha duríssima contra a exclusão da vida universitária. O sucesso significa prosseguir no sonho de conquistar uma suada vaga no ensino superior, continuar os estudos e a perspectiva de mudar de fase no dramático jogo da vida profissional. O fracasso significa a interrupção na vida escolar e, muitas vezes, voltar ao subemprego ou, na melhor das hipóteses, para uma vida profissional menos qualificada.
Para as escolas, depois de um período de controvérsias, o Enem passou a significar uma oportunidade de avaliação perante à sociedade. As escolas privadas viram uma oportunidade de mostrar aos pais bons índices no exame e convencê-los de que vale a pena pagar o suado dinheirinho das mensalidades. As escolas públicas, com honrosas exceções, tomaram pau. Entre as 10 primeiras do ranking, apenas uma é pública. Entre as 50 piores, nenhuma é privada.
Quando é relapso com o Enem, o governo brasileiro mostra como é relapso com a Educação no pais? Temos outra alternativa à essa questão? Devemos discutir, sem paixões partidárias, o que temos a aprender com o Enem. A hora se vai tarde e a juventude, especialmente a juventude que está excluída da Educação média e superior no país, merece um tratamento melhor que o tratamento “Relapso” que foi submetida até aqui pelos (des) governos de plantão.
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E dentre as dezenas de comentários que foram feitos assim que a postagem saiu, escolhi este que achei muito relevante e coerente para compartilhar com vocês, meus caros leitores:
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Acredito que o problema não seja exatamente esse que vocês vêm apontando.
A empresa contratada tem bom nome no mercado (quem diria!?) internacional, até! De acordo com a carta apresentada pela empreiteira, os problemas de impressão dos cadernos amarelos representam 0,003% do total de provas impressas. Um percentual que, segundo a mesma, não significa nada fora do normal.
Problemas com questões (que normalmente são anuladas após verificação dos erros) são bastante comuns em vestibulares e concursos, a exemplo do, este sim muito mal organizado, concurso da Fiocruz mês passado no Rio, organizado pela FGV (instituição de renome no país).
A questão que se mostra, mais uma vez, central aqui é a política, essa sim tem sido o maior problema do ENEM.
A mim não importa saber quem criou e quem expandiu o ENEM. O importante é colaborar para que esse exame, que beneficia uma série de estudantes por não terem que se deslocar a inúmeras cidades de diferentes estados para prestarem vestibular e a pagarem apenas uma taxa de inscrição e não uma soma delas, seja implementado e melhorado.
Se, para isso, tivermos de criticar determinadas ações, que as façamos, mas sempre no intuito de colaborar e não de incitar a extinção do processo que, a meu ver, é democratizante.
Digo isso porque, antes mesmo de o ENEM acontecer, percebi movimentações de alguns jornalistas no sentido da crítica ao exame.
Sabemos que algumas universidades (e posso falar disso com propriedade porque, como pesquisadora, vivo dentro de uma dessas instituições e percorro inúmeras outras) preocupam-se em manter seu ‘status’ e se colocam veementemente contra o exame: o que inclui desde posicionamentos político-partidários até preconceitos e preocupações sérias com a manutenção da autonomia das instituições.
O descompromisso da sociedade com o sucesso do ENEM pode ser facilmente estampado no episódio do jornalista que furou a segurança de um dos locais de aplicação do exame para “vazar” o tema da redação antes do final da prova. Não li, em lugar algum, pessoas discutindo a ética e a responsabilidade desse profissional. Mas isso é porque sua ação reflete o nosso descompromisso, nossa postura política diante do ENEM.
Espero que possamos amadurecer e discutir os problemas de forma realmente profunda para que essas discussões deixem de ser defesas e ataques partidários apaixonados para serem verdadeiras contribuições políticas.
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E aqui segue, caríssimos, Uma das melhores recomendações que eu poderia fazer, o Blog do Tas:
www.blogdotas.terra.com.br

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